segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Tangente e outro eu

Anseio a noite que invariavelmente alargo nas ideias com a esperança de reencontrar o doce sabor dos pequenos e fugazes momentos em que me sinto mais perto do que quero para mim. Mas será isso "eu" ou "tu"?!
Sempre foste a outra escolha, o outro caminho, aquele que não escolhi sempre que a vida bifurcou, és tudo o que não fui e não sou. És a minha sombra, a minha negação, o meu antípoda. Nada nos une, nada nos separa... e somos "Uno" apenas, pois só existes na condição da minha existência. Porque só ÉS porque eu SOU, porque só ÉS em mim, e no entanto talvez sejas mais do que alguma vez fui.
Sinto o amargo e ardente gume de tua traição e de teu engano que, nús de hombridade e honra, me fazem correr em paralelo e sem tangentes com quem ainda não conheci. Mas no fim sei que não serás mais e teus jogos tampouco quando minha sobranceira hombridade encontrar uma tangente à qual chamarei um novo "tu"...